domingo, 4 de outubro de 2009

Prova Histórica da Existência de Jesus...


Eis aqui uma das únicas provas históricas da existência de Jesus (para quem precisa dessa prova). É uma carta escrita pelo senador romano Públio Lentulus ao imperador Tibério Cézar, que foi encontrada no arquivo do Duque de Cesadini, em Roma. Essa carta faz um retrato físico e moral de Jesus e foi mandada de Jerusalém ao imperador Tibério César, em Roma, ao tempo de Jesus:

"Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindo nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado; em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra: é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto, e há tanta majestade no rosto, que aqueles que o vêem são forçados a amá-lo ou temê-lo. Tem os cabelos da cor amêndoa bem madura, são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes.

Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso nos nazarenos, o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, mas separada pelo meio, seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, o que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar; faz-se amar e é alegre com gravidade.

Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa. É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo, jamais, visto por estas partes uma mulher tão bela, porém, se a majestade tua, ó Cézar, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível.

De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram. Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como Divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade; eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus.

Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles eu o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém à tua obediência estou prontíssimo, aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido.

Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo... Públio Lentulus, presidente da Judéia Lindizione setima, luna seconda.”

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Desencavando um post...


Resolvi resgatar esse post perdido há alguns anos e que foi escrito em outro site de relacionamento. É uma homenagem ao que eu era naqueles tempos e uma maneira de conferir, quem sabe, o que ainda resta desses fatos nos dias de hoje. Não é para todos entenderem mesmo! =] O consolo é que hoje estou um pouco mais velho e com toda certeza, mais feliz! =]


(Postado "em algum lugar" de 12 de novembro de 2003, quarta-feira):


"Que noite! E que calor infernal! Não sei o que é pior: ficar suando desesperado aqui no meu quarto com o ventilador quebrado, ou ficar naquela sala com o ar condicionado a mil e as bactérias do IML entrando no meu corpo pela porta condescendente e displicente da respiração. O tema é recorrente, mas a raiva acumulada ganha sempre outras nuances. Vai se aprimorando como um vírus de computador bem feito. Atinge todos os cantos do meu corpo e passo a me sentir controlado por ela até nos momentos mais simples da vida. Mesmo que os outros não percebam, ela está lá rindo sarcasticamente pra mim. Me desafiando até durante o sono. A aflição de negar impulsos e sentimentos mais honestos para que um só ego possa prevalecer. Assistir à sua implosão é o meu destino. A raiva me levou à observação atenta e cuidadosa do processo. E essa foi a minha conclusão. Estamos assistindo de camarote (não sem sacrifícios é verdade!) à extinção de uma estrela. São tempestades magnéticas, labaredas de fogo que percorrem o espaço arrasando tudo o que encontram pela frente, afetando seus satélites, que passam a desejar outras órbitas mais seguras. Ouço até uivos, gritos de desespero, roncos infernais de motores em colapso, que vão perdendo suas engrenagens, forçados à paralisia total. É triste acompanhar isso. Pensando bem, essa visão é mais angustiante do que sofrer as conseqüências do desespero. A aflição da vaidade é a loucura. E estamos afundados nela. Queira Deus que não tenhamos marcas no futuro, mas a frieza necessária no presente para neutralizar os seus efeitos. Em quanto tempo um sonho puro, honesto e legítimo pode ser destruído? Eu tenho uma idéia dessa medida. A cada crise uma nova meta era criada para esquecer a última decepção. Os desafios? Cada vez mais arrojados e complexos. O último ciclo é o mais sufocante. É que agora não há mais dúvidas, mas sim uma penca de hipóteses que precisam ser comprovadas a todo custo. A comprovação é uma autêntica luta do bem contra o mal, com direito a capa e espada, sons de cavalos galopando e de metais se ferindo no espaço. Falta um sinal da vida, uma confirmação. Somos navegantes exaustos sonhando há meses com a terra firme. À beira de um motim, mas (que ironia) sem capitão. Quem devemos culpar? O navio que nos transporta, sem leme, sem direção? Nós mesmos, que embarcamos nessa viagem? Pensamos que o culpado perfeito seria a pureza de nossas intenções, carregadas de ingenuidade. Mas acho que essa ainda não é a resposta. Talvez não haja culpa. O que existe é apenas 'conseqüência'. A busca pelo equilíbrio tem dessas coisas. Um pouco de sofrimento e de auto-conhecimento. Uma combinação ideal pra quem precisa amadurecer. O 'drink' é servido com pompa e circunstância, com direito a uma pequena azeitona muito verde que parece dizer "você vai ter que me engolir também". E assim, acabamos engolindo mesmo e descobrindo que a combinação tem o seu preço além do que já está indicado no cardápio. O adicional se chama "convenções" ou "conveniências", disfarçados na azeitona muito verde e carnuda que pede pra ser comida com gosto. E devemos lamber os beiços com satisfação. Essa é a missão da azeitona: impôr um toque de 'glamour' discutível a quem não estava preparado sequer para a bebida explosiva e mesmo a quem se acostumou a apreciá-la com sofreguidão."